domingo, 20 de julho de 2014

sol e lua

There's nothing like that little thing that keep us awake that night or just another minute in our lives. That little little thing that can keep us thinking for a lifetime.

Não me quebraste pela falta de sol. Não me conquistaste pela falta de escuridão. Deixaste-me a lua no nascer do sol. Quebraste-me com o teu silêncio, a tua ausência, a tua falta. Morreste-me com a tua falta de amor, a tua falta de tudo. O teu quebrar de vida e de sentido. Tentaste-me escurecer com a tua não exactidão, com o teu esconder de falsidade na liberdade que não existia a não ser no teu discurso. E morreste-me no dia em que me mentiste e me tentaste levar a acreditar no mundo que só tu construíste.
Esqueces-te que vi contigo o nascer do sol e por da lua.
Esqueces-te que sei mais de ti do que de mim.
Que vivi mais em ti do que em mim. Que pedi um dia de calor e tive um dia de chuva. Que contigo sonhei o fundo do mar e vi o início da serra.
O mundo não nos contabilizou aos dois como sendo um só. Deixou-nos ir até virarmos árvores em cinza, rios mortos pelas cascatas de tristezas restantes nos surtos de nós.
Não te sei dizer se consegui passar por ti e me seres indiferente.
Na vida nada pode ser indiferente.
Foste-me o mundo e eu desesperei ser um ínfimo de ti.
Perdi-me no labirinto que criaste para não te encontrar no meu próprio ser.

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Pensaste-me e tentaste-me naqueles teus momentos de inverso sem querer nem ter.
Quiseste-me e nem soubeste como me ter.
Tentaste-me e absorveste-me sem sequer perceber que eu te podia fazer mal sem sequer tentar.
Levaste-me a mundos fantasiados e a momentos que nunca podem ser apagados dos nossos mapas de sentimentos e de sermos connosco mesmos. Talvez um dia possamos ver toda esta vivência como algo que já passou e que não volta atrás. E vamos ter boas lembranças do que foi feito e ter esperanças pelo tanto que ficou por fazer.

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Deixaste que a cor do sol reflectisse nos meus olhos a mágoa de querer mais, viver mais. Quebraste o luar que me espelhava a noite.
Tocaste a minha pela arrepiada pelo primeiro frio da madrugada mas nem me deixaste aquecer nos primeiros raios de sol. Talvez queiras uma resposta agora mas agora não te sei dizer sequer que dia é, em que mês estamos. Arrebataste-me com toda essa necessidade de mim, essa vontade que tiveste de ver os meus olhos a brilhar com a primeira luz do dia,  o primeiro raio de sol. Não te dei nada e pedi-te tudo. Deixei-te viver na promessa do que sonhavas ser, do mundo que querias viver. Não sabia dizer-te o que podias ter, só sabia ser o que sabia ser, eu. Continuo ser saber o que sou, se uma mera promessa do meu ínfimo, se uma dor constante nas tuas questões sobre o que pode vir a ser. A tua luz apagou-se e eu nem sei se te posso acender uma vela.

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O sol nasce e começa a tocar-me em pequenos rasgos de calor.
Não te vou cobrar nem mais um minuto.
Vou-te querer num abraço apertado sem fim.
Vou-te pedir o calor do sol, a sensibilidade da lua.
Vou-te cobrar os minutos pensados em ti, os arrepios da pequenez face à imensidão das ondas do mar.
Vou pedir que dês tudo o que nunca me deste, vou pedir que digas o que nunca disseste e que confesses a vida.
Vou pedir que te exponhas, que não me largues a mão.
E vou-te dizer que podes deixar-me ir, que me podes largar porque eu vou voar.
E vou deixar que te vás e não vou pedir para ficares.
E vou deixar-me cair e permitir-me levantar.

Vou só pedir-te que me deixes e me leves a inspirar e expirar o mundo.
Vou-te só pedir que me deixes ser eu.